COM INFORMAÇÕES DO BLOG MERCANTE
As
redes sociais tem servido de termômetro do que tem se passado no mercado de
trabalho marítimo e offshore. Uma legião de recém formados em sua maioria
desesperados em busca da primeira oportunidade de trabalho.
Tentando entender as causas
Algumas funções a
bordo são demasiadas escassas em numero de operários, os que já estão inseridos
e com experiencia, encontram alguma dificuldade para uma nova recolocação caso
ocorra demissão. É assim com Eletricistas Marítimos, profissionais da área de saúde
(ASA, ENF), Rádio Operadores, MOC/MOM, MAC/MAM, e outras funções não
especializadas como homem de área por exemplo.
No caso dos MOC/MOM,
MAC/MAM, e homens de área é muito mais delicado, pois são entregues ao mercado
um número de pessoas certificadas muito além da capacidade de absorção que o
mercado oferece, como são funções iniciais nas indústrias marítima e do
petróleo, há uma profusão de profissionais já habilitados trabalhando, e no
caso dos marítimos em particular, estes dependem de tempo de mar (tempo de
embarque), para poderem “cambar” de função. Normalmente apenas navios maiores
lotam mais de um MOC, ou MOM, e em muitas unidades marítimas (plataformas),
lota quando muito apenas hum MOC, isso quando é exigido.Sabemos de casos de
pessoas que estão à anos na batalha pelo primeiro embarque, alguns destes com
boa formação escolar, algum domínio de outros idiomas, e até morando próximo
aos polos em que estão as empresas.
O fato é que realmente a quantidade de gente que cursa todos os anos é muito superior a quantidade de vagas geradas todos os anos, que varia em função de investimos diretamente ligados à industria do petróleo, dragagem, e navegação de cabotagem.
O fato é que realmente a quantidade de gente que cursa todos os anos é muito superior a quantidade de vagas geradas todos os anos, que varia em função de investimos diretamente ligados à industria do petróleo, dragagem, e navegação de cabotagem.
Hoje
apenas temos estes 3 segmentos com alguma capacidade de absorção de mão de
obra. O grosso do pessoal tem ido para o offshore (indústria do petróleo), uma
parcela na sazonal dragagem, e um numero não tão grande para cabotagem, seja em
navios porta contêineres, ou em tanques. Nós não temos mais navegação de “longo
curso” nem muito menos navios ferry (estes sim poderiam absorver um grande
número, mesmo com salários baixos), porem é utopia sonhar com isto, aqui no Brasil é sonho apenas.
Então
a causa primeira é a carência de postos de trabalho nos navios, além disso há a
mão de obra estrangeira que sempre esteve presente e continua a chegar junto
com novas embarcações que são afretadas para operar em longo prazo na nossa
costa, com isto as chances diminuem, e os aproveitadores de ocasião surgem para
espoliar aqueles que se submetem a passar por humilhações e até cooperar para
meios ilegais, criando um comércio paralelo; que os leitores usem de
discernimento.
As outras funções supracitadas, também sofrem
com o mesmo problema, porem estes candidatos tem opção de voltarem para suas
antigas funções em terra, mas é como estamos vendo, não há postos de trabalho
para todos os ASA/ENF que são certificados, apenas aqueles que já possuem algum
“network”, domínio do inglês, alguns cursos adicionais, bem como muita força de
vontade vão conseguir, assim é com os ELT (eletricistas marítimos), o mercado
tem tido o luxo de selecionar os melhores (ou indicados), ficando na reserva
(na pedra), os que não tem os contatos, mas como são profissionais já
habilitados, alguns retornam aos antigos empregos em terra mesmo, e devido a
isso os salários destas funções em navios não tem sido mais tão atrativo, em
plataformas podem receber até 150% do que em navios comerciais, e com o detalhe
de não ser preciso ter CIR e nem STCW, apenas valendo a formação técnica e
alguns cursos adicionais da área, além do domínio do inglês.
FONTE: Blogmercante
FOTO: Blog mercante
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