segunda-feira, 15 de junho de 2015

ACUSADO DE ASSALTAR AGENCIA CAIXA AQUI EM BITUPITÁ FOI PRESO POR POLICIAIS DE CHAVAL



                     Acusado de assaltar agencia do Caixa Aqui em Bitupitá na manhã do dia 8 de junho, foi preso na manhã de quinta-feira (11) por policiais do destacamento de Chaval quando chegava em sua residencia na pequena vila de Curimãs.

                   O individuo identificado como Manoel Carvalho dos Santos, realizou o assalto no inicio do expediente da pequena agência, abordando a funcionária  com uma faca, chegando a levar R$ 500,00 reais, apurado do inicio do dia.
                   Manoel foi preso quando chegava em sua residencia, com ele, os PMs encontraram 4 pedras de Crack, indagado sobre o assalto na agência, o individuo confessou ter sido ele o autor do crime e que teria fugido em uma motocicleta, ele foi levado para a DPC de Chaval onde foi instaurado contra ele um inquérito por portaria para apurar melhor o assalto na agencia em Bitupitá. quanto a droga, foi feito contra ele um TCO com base no artigo 28 da lei 11,343/06 (consumo de entorpecentes)


Com Informações de Camocim Policia 24h

PI SUPERA RN E POSSUI O MAIOR CAJUEIRO DO MUNDO



                Uma pesquisa da Embrapa Meio Norte comprovou que o maior cajueiro do mundo está localizado no município de Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí. De acordo com os dados, a árvore possui 8.810 m² e tem mais de 200 anos de existência. A novidade deve impulsionar em um futuro próximo, cada vez mais o turismo ecológico na cidade. Segundo o Guiness Book (Livro dos Recordes) o maior cajueiro do mundo fica localizado na cidade de Parnamirim, no Estado do Rio Grande do Norte. Porém, com esta pesquisa realizada no litoral piauiense, mudanças deverão existir e o título deverá ser repassado para o município de Cajueiro da Praia-PI. Para o historiador Danilton Nóbrega, o importante neste momento é realizar o tombamento do local.
                "O que importa agora é tombar ele a nível federal. O objetivo principal é justamente este. Ou seja, o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) deve reconhecê-lo como um patrimônio do Piauí e esse será mais um passo importante. Posteriormente, estaremos realizando a divulgação em massa através das mídias, visando impulsionar o turismo sustentável", explicou.

                   Ainda segundo o Danilton Nóbrega, o crescimento incomum do cajueiro é explicado pela junção de duas anomalias genéticas. Os galhos da árvore cresceram para os lados, curvaram-se para baixo por causa do peso, até alcançar o solo. Ao tocar o solo, os galhos começaram a criar raízes, como se fossem troncos de uma outra árvore. "Foi realizado um estudo pela Embrapa Meio Norte, que comprova que a planta recebeu uma mutação, que acontece naturalmente quando os galhos tocam o chão e vão se ramificando. E como este cajueiro está perto da praia, ele conseguiu crescer livremente. E esse estudo também constatou que ele possui uma única raiz matriz que se ramificou", disse.
                    De acordo com informações, o "Cajueiro Rei", como foi batizado, era bem maior. Segundo relatos de moradores, a comunidade cresceu ao longo dos anos e foi suprimindo a planta. Atualmente, ele se encontra cercado entre casas e terrenos nas proximidades da beira da praia. Visando proteger a árvore, uma lei municipal foi criada e aprovada em maio de 2013.
                   Segundo o historiador Danilton Nóbrega, a grande diferença entre os dois cajueiros gigantes do Piauí e do Rio Grande do Norte é que o piauiense ainda está em pleno crescimento. Além disso, a planta de Cajueiro da Praia possui, segundo a pesquisa, 300 metros quadrados a mais do que a existente em Parnamirim-RN. "O cajueiro em si é muito importante como patrimônio, pois valoriza a identidade deste povo. Além disso, outra característica do nosso cajueiro rei é que ele ainda está em pleno crescimento. Diferentemente do que está localizado no Rio Grande do Norte, que já se encontra fechado de asfalto e já é bem menor do que o nosso. Isso tudo foi comprovado nos estudos", afirmou o historiador.
                    Atualmente o "Cajueiro Rei" se encontra em terrenos privados de famílias tradicionais do município. Uma parte se encontra cercada, mas a grande maioria se encontra aberta ao público. E visando as atividades turísticas futuras, a Prefeitura Municipal de Cajueiro da Praia já trabalha incentivando um grupo de nativos que planeja estruturar uma rota turística no município.
                    "Cerca de 90% do planejamento desta rota já está concluído. Ao todo, serão quatro horas em visitas pela praia, em um sítio arqueológico da região, pelo maior cajueiro do mundo e depois o visitante entra no barco e vai para o estuário dos rios Timonha e Ubatuba, onde terão a oportunidade de conhecer as aves migratórias e os peixes bois. Em fim, é um passeio completo para toda a família. E é isso que tem que ser incentivado. É a comunidade fazendo um roteiro turístico para ganhar dinheiro e preservando", concluiu Danilton Nóbrega.

Fonte: Meio Norte

sábado, 6 de junho de 2015

ESTUÁRIO DO RIO TIMONHA E UBATUBA



              O estuário dos Rios Timonha/Ubatuba apresenta a maior e mais conservada área de manguezal remanescente do Ceará e uma das maiores ilhas estuarinas do nordeste, a Ilha Grande. Tem sua nascente na Serra da Ibiapaba e sua Foz no Oceano Atlântico
                   Localizado na divisão litorânea dos estados do Piauí e Ceará, a 400 km de Teresina e a 500 km de Fortaleza, o estuário dos rios Timonha e Ubatuba é um dos principais berçários de peixes e crustáceos da região e reduto para espécies marinhas brasileiras em extinção ou sobrepesca, como o peixe-boi marinho, a tartaruga marinha e o mero. O estuário integra a Rota do Atlântico para aves migratória que vêm de outros continentes em busca de alimentos. O conjunto de biodiversidade abrange os municípios de Cajueiro da Praia, no Piauí, Chaval e Barroquinha, no Ceará – região que tem como principal atividade econômica a pesca e a cata de mariscos. Procurado por visitantes que desejam lugares inexplorados e o encontro com a natureza em sua essência em locais preservados, o lugar é cercado de mangues e praias de águas doces e salgadas.
                    Em determinadas épocas do ano é possível observar animais marinhos como o peixe-boi, no observatório em Cajueiro da Praia – que fica no coração do estuário. O lugar atrai ainda viajantes aventureiros que se encantam com atividades como tracking, safari pelas ilhas do estuário e passeios de barco pelo rio e pelo mar, além do mergulho em águas mornas e transparentes. O estuário fica a 8 km da praia de Barra Grande e faz parte da conhecida Rota das Emoções – roteiro que liga três estados do Nordeste brasileiro: Ceará, Piauí e Maranhão. O estuário está dentro da Área de Proteção Ambental Delta do Parnaíba e é preservado por diversas entidades governamentais e do terceiro setor, que realizam projetos de pesquisas e atividades de consumo sustentável e educação ambiental nas comunidades – entre eles o Pesca Solidária, que trabalha para que as comunidades desenvolvam sua atividade pesqueira em equilíbrio com o meio ambiente.

Formas de pesca predatória nos rios Timonha e Ubatuba

                    Uma das práticas proibidas na pesca, a “batedeira”, que consiste em lançar a “caçoeira” e depois bater na água para espantar os peixes na direção da rede, está assumindo outra forma de acontecer: às vezes os pescadores batem os remos no fundo da canoa para fazer barulho e espantar o peixe e em outras vezes, utilizam a própria rabeta (motor pequeno de popa preso à haste do leme) para bater na água e criar o mesmo efeito.
                    Essa prática é condenada por muitos pescadores e marisqueiras que argumentam que os peixes acabam se afastando, prejudicando outros pescadores, embora possa ter beneficiado aquele que se utiliza da técnica. Outras pescas predatórias (pesca com bomba ou de arrasto cobal não têm sido vistas. A pesca com bomba é extremamente danosa ao ambiente do rio, pois destrói todo o nicho ecológico ao alcance do artefato explosivo, seja a flora ou a fauna aquática que o constituem. Segundo os pescadores, esse tipo de pesca é realizado por pessoas que tem mais recursos e que não são pescadores artesanais.
              Já a pesca de arrasto cobal é uma pesca feita com rede de malha de nylon trançada, extremamente resistente, com um espaçamento muito pequeno entre os pontos de cruzamento. Ela é lançada de uma margem a outra do rio, fechando todo o curso de água e arrastada por canoas, levando todo o sedimento do fundo dos rios. Em sua malha, são capturados tanto peixes grandes como pequenos, causando um grande impacto junto aos estoques pesqueiros por dificultar a reprodução das espécies capturadas. Por outro lado, ao arrastar o sedimento do fundo dos rios, essa técnica de pesca termina por remexer todo o habitat de algas e fauna aquática que vive nesse local e que possui um papel fundamental na cadeia alimentar do estuário.

Peixes-boi marinhos no litoral
              A população de peixes-boi marinhos está aumentando no estuário dos rios Timonha e Ubatuba entre os estados do Piauí e Ceará. A preservação da espécie em extinção foi observada por biólogos em pesquisa no trecho que vai de Cajueiro da Praia (PI) e Chaval (CE). A estimativa populacional do peixe-boi é de menos de 500 no Brasil, sendo extinto nos estados do Espírito Santo, Bahia e Sergipe. O estuário dos rios Timonha e Ubatuba abriga uma população de peixes-boi marinhos ainda pouco estudada. Os peixes boi apresentam baixa taxa reprodutiva. Os machos atingem a maturidade sexual quando possuem idade de 2 a 3 anos, sendo que as fêmeas vão atingir a maturidade sexual entre 3 a 5 anos. Na maioria dos casos a gestação ocorre nas fêmeas quando estas atingem cerca de 7 anos de idade. As fêmeas podem gerar um filhote a cada 2 a 3 anos, podendo gerar crias gêmeas, porém é um caso raro.
Tartaruga marinha
               A atuação do homem no meio ambiente tem interferido diretamente na seleção das espécies por meio da extinção. Isso ocorre geralmente por conta dos habitats que são destruídos, exploração de recursos naturais e introdução de espécies exóticas fora de seus locais de origem, as quais não conseguem se habituar às diferentes condições de vida e morrem.
No caso das tartarugas marinhas, a extinção ocorre por conta da poluição das águas. Garrafas pet, plásticos e demais objetos são jogados nos mares, poluindo a água e provocando asfixia em animais marinhos. Acidentes com derramamento de petróleo também os atingem além da caça e pesca ilegais.
              No Brasil existem cerca de cinco espécies de tartarugas marinhas e quatro delas estão em processo de extinção. Isso acontece porque as espécies cabeçuda, de Pente, Oliva e de Couro desovam em locais próximos ao litoral, em que a ação do homem é maior, colocando-as em risco. Já a Tartaruga Verde não está em situação de perigo, pois sua desova acontece em locais onde a ação predatória do homem é mais controlada.
Nessas condições, são poucas as tartarugas que conseguem atingir a idade adulta, momento em que acontece o acasalamento e a desova, portanto a reprodutividade torna-se difícil.