terça-feira, 7 de março de 2017

A CONSTRUÇÃO DE UM CURRAL DE PEIXE

                      


                Uma das atividades econômicas que mais movimenta a economia de Bitupitá é a pesca artesanal com armadilhas de peixes em alto mar conhecido como currais, fonte de renda para mais de 60% da população. para se ter ideia, são extraídos do mar cerca de 2 toneladas de peixes por dia entre todos os currais em período de baixa safra.


               Em Bitupitá existem dois tipos de currais,  o de fora e de terra, esses termos são usados devido a construção ser uma próximo a praia e o outro em alto mar. Para uma pessoa hoje construir um curral em Bitupitá ele deve ter um documento de licenciamento de terra no mar autorizado pela capitania dos portos local que fica na Cidade de Camocim, após a liberação do terreno a pessoa terá que desembolsar no mínimo 50 mil reais, para as despesas com material e mão de obra. A madeira que geralmente é usado para a construção de um curral de fora vem do sul do Piauí ou Maranhão, sendo que são todas legalizadas pelo IBAMA.


                   A construção de um curral dura em media de um mês ou mais, dependendo da agilidade dos peões. Para começar a construção é feito primeiro a marcação do terreno com o desenho de como será feito o curral, após a marcação começam a fixação dos mourões, que para serem fixado é preciso ter um mergulhador segurando a ponta do mourão no fundo do mar e outro batendo com uma espécie de marreta construída com tronco de arvores em cima de uma base no formato de banco ou tamborete de aproximadamente 5 a 8 metros de altura, com os mourões todos fixados na marcação do curral, começam a parte de fixar as telas de arames ou nylon nas madeiras, fechando toda armadilha deixando apenas com uma entrada estreita para dar passagens aos peixes, após o termino do curral começam trabalhar a parte da espia, tipo de cerca de madeira de aproximadamente 150 metros, usado como barreiras para os peixes seguirem direto para a armadilha e não conseguir sair e depois começarem a fazer as despescagem na maré baixa.

 Atividade que se ver todos os dias em Bitupitá, o paraíso dourado do Ceará!




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