terça-feira, 23 de setembro de 2014

OS BATEDORES DE MOURÕES DE CURRAIS

OBRAS DO ARTISTA PLÁSTICO ODÊMIO DO PIMPIM




                Odêmio é um artista plástico filho de Bitupitá, que em suas obras retrata a vida cotidiana de pescadores e histórias que ficaram marcadas na comunidade, sendo as mais cogitadas, Totó a menor prisão do mundo, João véi e cagás e os batedores de mourões de currais, que é a que vamos falar hoje.
                Na obra “Os batedores de mourões de currais” retrata a vida diária de um pescador artesanal do curral, em cima de um banco enorme de madeira com um “maio” nas mãos batendo no mourão para fixa-lo no chão, um trabalho árduo que exige força, coragem e bravura. Digno de honra, esses guerreiros enfrenta essa tarefa dura no verão para poder trazer o sustento para casa.
Retrata na obra:
                 Os batedores de mourões no pôr do sol e a perna do mata-vagueiro escorando a madeira, trabalho que só os homens valentes de Bitupitá tem essa coragem. Os pescadores fixam o banco na areia e sobem nela para bater os mourões, sempre são dois de cada vez sempre revezando para martelar a madeira, a tarefa é árdua e demorada, e se repete a cada novo mourão ficando no fundo do mar. O Banco de madeira, seu tamanho é proporcional à profundidade do curral.

                 Só quem executa sabe como esse trabalho é duro e cansativo, bater mourão é algo para gigantes, um rolo de madeira pesando uns 20 quilos com um cabo tipo malho é jogado em cima do mourão, numa cadencia sincronizada, num cai e vem, que lembra duas mulheres pisando arroz, a cada batida faz um mourão entrar no chão até ficar na altura ideal, a cada batida um gemido até que outra dupla assuma a posição.

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