domingo, 5 de janeiro de 2014

CURRAIS DE PEIXES SÃO ATRATIVOS A MAIS PARA QUEM VISITA BITUPITÁ



                        Localizado há quase 400 quilômetros de Fortaleza, o município faz parte da Área de Preservação Ambiental (Apa) do Delta da Parnaíba, com o distrito de Bitupitá, há 24 quilômetros da sede. Com cerca de sete mil habitantes, o lugar hoje sobrevive quase exclusivamente da pesca, tendo 192 embarcações registradas e mais de dois mil pescadores que vão diariamente ao mar com técnicas completamente artesanais.
                        Um dos meios mais usados em Bitupitá é o Curral de Peixes, que prende os animais em uma armadilha durante a maré alta. Com isso, os vaqueiros de currais, como são chamados os pescadores que trabalham com este tipo de técnica, têm facilidade de tirar o animal na maré baixa.
                        Mas para construir um curral é preciso ter um alto investimento. Segundo o presidente da Colônia de Pescadores de Bitupitá, Jonas Veras, o recurso aplicado é de aproximadamente R$100 mil para um primeiro curral. Do segundo em diante, a manutenção fica em torno de R$ 30 mil.

                         "A compra do material mais pesado, licenciamento, contratação de pessoal para marca o local, tudo isso demanda um forte investimento que os pequenos pescadores não têm como fazer. O curral dura em média sete a oito meses. Depois, o curral é retirado e se preciso, passa por manutenções", explica Veras.
                         Na vila de pescadores, existem dois tipos de curral, chamados de curral de fora e curral de terra. A diferença entre eles é que um é construído próximo da costa e outro em alto mar. "Hoje, quase todos são currais de terra. Antigamente, era mais de dez milhas de distância da costa", lembra Veras, que trabalhou mais de 40 anos como pescador e há 20 é responsável pela colônia de pescadores.


Fonte: Diário do Nordeste

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