quinta-feira, 12 de setembro de 2013

NOVA VACINA TESTADA COM SUCESSO EM MACACOS PODE REPRESENTAR CURA DEFINITIVA DA AIDS



                      Essa é, sem dúvida, uma das melhores notícias do século. Cientistas da Universidade da Oregon Health & Science (EUA) divulgaram nesta quarta-feira 11) que uma vacina experimental contra a Aids conseguiu livrar um grupo de animais do vírus da imunodeficiência símia (SIV, similar à “versão” humana, o HIV). Além disso, o resultado se mostrou persistente: alguns dos animais já estão há três anos sem sinais do SIV e isso, afirmam os estudiosos, pode persistir por toda a vida deles. Se os mesmos resultados forem obtidos contra o HIV, isso pode representar, na prática, a cura definitiva da Aids, pelo menos no médio prazo.
                      Os pesquisadores usaram uma versão mais agressiva do SIV para infectar um grupo de macacos-rhesus. Após a doença se manifestar, os animais foram vacinados e metade deles não teve melhoras, mas os demais foram “curados funcionalmente”, ou seja, não têm traços detectáveis do vírus no corpo. Os cientistas explicam que a diferença dessa substância é que ela usa um vírus (citamegalovírus, conhecido como CMV) para “entregar” a vacina ao corpo. “Ela usa um agente persistente (CMV) como vetor da vacina. O CMV persiste indefinitivamente no corpo em níveis muito pequenos o que provê estimulação antigênica suficiente para o sistema imunológico manter altas frequências de células T diferenciadas. Para usar uma analogia militar, este nível de estimulação imunológica é o suficiente para manter armados soldados anti-SIV patrulhando todos os tecidos nos quais células infectadas pelo SIV possam estar”, afirmou Louis Picker.
                        Picker explica que as demais vacinas não persistem no corpo e a quantidade de “tropas” anti-SIV diminui. O problema com o HIV e o seu “irmão” símio é que esses vírus mantêm “reservas” que se manifestam após o sistema imunológico voltar ao normal. “Resumindo, essa habilidade de manter células T efetoras anti-SIV em alta frequência é o porquê de o vetor CMV ter extraído respostas imunológicas e ter uma habilidade única de limpar um vírus causador da Aids.”
                        O uso do CMV é um forte candidato para desenvolver uma vacina definitiva para a Aids. “Em suma, a habilidade dos vetores de CMV de implementar vigilância antipatogênica imune contínua, a longo prazo e potente faz deles candidatos promissores para estratégias de vacina que pretendem prevenir e curar HIV/Aids assim como outras infecções crônicas”, diz o artigo assinado por Picker.

Com informações do portal Terra
Via Diário do nordeste


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