A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana)
divulgou mais um dado alarmante sobre o derretimento de gelo devido às mudanças
climáticas globais. De acordo com a agência, nada menos que 55% da base das
plataformas de gelo (prolongamentos das geleiras flutuantes no oceano) da
Antártida (ou Antártica) derreteram em apenas cinco anos. No total, essas
estruturas naturais cobrem uma superfície de 1,5 milhão de km², ou praticamente
a mesma área da região Nordeste do Brasil. O continente
antártico contém, em média, 60% das reservas de água doce do planeta
nestas plataformas, espécies de barreiras de gelo, que reduzem o escoamento das
geleiras para o oceano.
Determinar
como elas derretem ajudará os glaciologistas e outros cientistas a melhorar suas
previsões sobre a resposta da massa glaciar
antártica ao aquecimento do oceano e sobre sua contribuição para a elevação do
nível dos mares. Segundo os pesquisadores, este estudo refinará os modelos
sobre a circulação oceânica, ao fornecer uma estimativa melhor do volume de
água doce procedente do derretimento destas plataformas de gelo na zona
costeira da Antártida. Para esta pesquisa, publicada na edição da revista Science de sexta-feira (14), os cientistas
reconstituíram o acúmulo de gelo e a espessura com satélites e aviões, assim
como as mudanças na elevação destas plataformas e a velocidade de deslocamento.
Eles conseguiram, ainda, determinar com qual velocidade derreteram e
compará-las com a formação de icebergs.
“O ponto de vista
tradicional sobre a perda da massa de gelo da Antártica é que ela ocorre quase
totalmente da ruptura de um iceberg. Nosso estudo mostra que o derretimento da
base das plataformas de gelo contribui de forma muito mais importante”,
explicou Eric Rignot, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em
inglês), da Nasa, principal autor do trabalho.
Com
Informações: Portal UOL
Via
Diário do Nordeste
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