O governador Cid Gomes (PSB)
decidiu suspender todos os repasses de verbas estaduais destinadas a financiar
as festas de Carnaval nos municípios cearenses. No total, a quantia solicitada
pelas prefeituras chega a R$ 12,6 milhões. A medida atinge 96 municípios, que
contam com recursos do Estado para arcar com parte das despesas da realização o
evento.
A justificativa do Governo para a decisão foi o
grave período de seca que o Ceará atravessa. O blog obteve informações que o
município de Barroquinha não está presente na relação dos 96 municípios que
tiveram os repasses suspendidos. O município, segundo informações, realizará
seu carnaval com recursos próprios, sem precisar da 'ajuda financeira' do
Governo do Estado. De acordo com a assessoria do Governo, esses repasses são
feitos por meio de convênios entre a Casa Civil e os municípios. O processo
funciona da seguinte forma: as prefeituras apresentam o projeto de realização
do evento, com o programa de despesas e buscam o apoio financeiro do governo.
As solicitações de verbas
para o Carnaval deste ano variam de R$ 30 mil a R$ 531 mil. A Casa Civil informou,
porém, que o Estado já não iria repassar todo o valor solicitado. A estimativa
era que fossem repassados R$ 4 milhões, dos R$ 12, 6 milhões pedidos pelas
prefeituras. Em 2012, o Estado investiu R$ 2,6 milhões no Carnaval. Questionada
sobre o porquê de o mesmo critério de corte de gastos não ter sido adotado na
inauguração do Hospital Regional de Sobral, que teve a apresentação da cantora
Ivete Sangalo, a assessoria da Casa Civil informou o seguinte: “A ‘contenção de
gastos’ foi devido à seca. Vale lembrar que a inauguração do Hospital Regional
Norte estava prevista ainda no segundo semestre do ano passado”.
O secretário de Cultura de
Fortaleza, Magela Lima, disse que não havia repasses previstos para a Capital.
Agora, os municípios terão apenas quatro dias para se adequar e resolver se
realizam ou não os festejos mesmo sem a contrapartida estadual. A
presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Adriana
Barbosa, classificou como “muito ruim” o corte nas verbas e disse que vários
municípios dependiam do repasse para viabilizar o evento. “Mas acredito que
nenhum município vai deixar de fazer Carnaval, porque eles têm alguma reserva e
podem contar com patrocínios”, ponderou.
FONTE: POVO ONLINE
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