domingo, 20 de agosto de 2017

ADELAIDE, A MULHER QUE SAIU DE JERUSALÉM E SE TORNOU SANTA EM BITUPITÁ


                       Esta história é bonita de se ver. Começa a ser tecida no encontro do rio que vem do Piauí com o mar de Bitupitá (litoral Norte do Ceará, a cerca de 440 quilômetros de Fortaleza). Ressurge entre coqueiros, palmeiras e a vegetação nativa das dunas. É uma história que junta natureza e povo, o maravilhoso e o sonho. O ser e o ampliar. Impressa em folhetos, livros, memórias e até na laje do túmulo da protagonista, a narrativa peregrina desde a Palestina ao Pontal das Almas (atualmente, praia de Bitupitá). Milade (para alguns, Milaide) Tahim nasceu em Belém, no dia 1º de julho de 1882. “Isto é, na mesma cidade em que Jesus Cristo nasceu”, associa o livreto A História de Santa Adelaide, que ciranda de mão em mão nas rodas de calçada de Barroquinha (município que abarca Bitupitá). E não importa que outros contem que a certidão de nascimento é de Jerusalém, o imaginário popular voa a partir dessa coincidência do destino. Milade só podia ter nascido para ser uma pessoa boa, assim testemunharam os antigos de Barroquinha. Ela e o marido, Demetrio Elias Tahim, tangidos por uma guerra, aportaram naquela paisagem depois de escapar pelos Estados Unidos. Estabeleceram-se no ramo do comércio de tecidos, e logo Milade se tornou Adelaide no entender e no bem-querer do povo. “Meu marido é que conta que ela era uma pessoa muito caridosa. Dava esmola com prazer, tirava uma fazenda e dava pra pessoa”, repete Cândida Batista da Silva, 75. “E livrava ele (marido de dona Cândida) das peias, quando a mãe dele queria açoitar... Ela dava o peixe e ainda perguntava: ‘Vocês têm farinha pra comer?’. Conto a história como me contaram”, arremata.
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