A partir do próximo ano,
meninas de 10 e 11 anos irão receber, gratuitamente, através do Sistema Único
de Saúde (SUS), a vacina contra o papilomavírus (HPV), usada na prevenção de
câncer de colo do útero. A decisão, anunciada esta semana pelo Ministério da
Saúde, vai beneficiar 163.058 meninas no Ceará. No Brasil, a meta é vacinar 80%
do público-alvo, estimado em 3,3 milhões.
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha afirmou que esta é maisuma medida para enfrentar o problema
do câncer de colo do útero, que ainda é bastante enfrenado no País,
principalmente na região norte. “Vamos preparar muito bem este público (meninas
de 10 e 11 anos), suas famílias, e reforçar a estratégia envolvendo as escolas
e os professores para provocar uma grande sensibilização”. Ele destacou ainda
que a vacinação reduz a circulação do vírus no país.
A vacina que estará
disponível na rede pública é a quadrivalente, usada na prevenção contra quatro
tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos
de câncer. No escopo do acordo entre Ministério da Saúde e os fabricantes da
vacina – Butantan e Merck Sharp & Dohme (MSD), que atuarão em parceria
tecnológica – está prevista a possibilidade de uso da versão nonavalente, que
agregará outros cinco sorotipos à vacina. Serão investidos R$ 360,7 milhões na
aquisição de 12 milhões de doses.
A vacina para prevenção
da doença tem eficácia comprovada para pessoas que ainda não iniciaram a vida
sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. A escolha do
público-alvo levou em consideração evidências científicas, estudos sobre o
comportamento sexual e a avaliação de especialistas que atuam no Comitê Técnico
Assessor de Imunizações (CTAI) vinculado ao Ministério da Saúde. A incorporação
da vacina complementa as demais ações preventivas do câncer de colo do útero,
como a realização do Papanicolau e o uso de camisinha em todas as relações
sexuais. “É uma vacina para proteger para o futuro, mas que não elimina as
medidas de saúde que já estão sendo tomadas pelas mulheres para se proteger do
vírus” reforçou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
FONTE: Diário do Nordeste
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