Em
Bitupitá existe esse tipo de trabalho há mais de 50 anos, são pais de família que
vão em busca do sustento nesse trabalho duro na praia da comunidade, trabalho
que necessita de força e equilíbrio na tarefa de transportar peixes dos barcos
até onde será tratados, em pesqueiras a beira mar, trecho que às vezes
dependendo da maré chega há mais de 30 metros de distancia.
Os
homens Garajeiros seguem seus ritmos de trabalhos diários levando em seus
ombros cerca de 30 a 60 kg de peixes por garajau em cada percurso, dependendo da
safra chegam a fazer o mesmo 10 a 15 vezes por maré, no período manhã ou tarde,
chegando a ganhar 15 a 30 reais por dia, um trabalho não muito lucrativo, mais
ainda continua sendo sustento para muitas famílias de Bitupitá.
Hoje em
dia não se ver muito fluxo desses trabalhadores pela praia, onde muitos
aderiram ao carro de mão ao invés do Garajau, mais ainda não deixou de existir
homens garajeiros circulando na chegada das embarcações dos currais, são
poucos, cerca de dez homens, que ainda continuam com a antiga tradição de levar
peixes em garajais de bambus em seus ombros de aço, vida dura mantida entre
gerações por nativos da praia.
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