Na praia de Bitupitá já houve tempo de grande fartura de
peixes, onde se via canoas partindo duas vezes por dia para fazer a despesca nos
currais, cenas que não saem de nossas memórias, como as pesqueiras “lotadas” de
peixes e cheias de mulheres “concertando” os pescados para serem levadas para
comercialização em muitas cidades do Ceará e Piauí, épocas que donos de currais
viviam” rindo a toa” com tanta fartura em nosso mar.
Antigamente se via nas margens da praia de Bitupitá vestígios
de um tempo farto, como as escamas de peixe de Camurupim que se espalhavam
pelas lindas paisagens do lugar, onde muitos usavam como matéria prima para
fazer brincos artesanais da escama. Quem já viveu em Bitupitá ou já passou pela
comunidade naquela época deve se recordar dos tapetes de escamas de camurupins
que se espalhava em frente das pesqueiras de donos de currais como: Pesqueira
do Peidim, Sotero, Chico Neném e Zé do Gago, ao longo da praia se avistavam
esses vestígios da safra que Bitupitá viveu nas épocas dos anos 80, tempos bons
que não voltam mais.
Hoje em Bitupitá ainda vivemos tempos de safras de peixes,
mais muito inferior do que vivíamos antes, pra se ter uma ideia, antes existiam
mais de 20 currais, tantos de fora como de terra, hoje deve existir apenas a
metade. Bitupitá está evoluindo e devido essa evolução muitas coisas que antes
se viam em “lastros” hoje vão diminuindo, umas melhorando e outras
desaparecendo, restando apenas nas memórias de quem presenciou grandes dias de
fartura na comunidade.
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